domingo, 31 de julho de 2011

Alegrar-se com o Pródigo



Enquanto estamos nesse mundo não veremos a Deus, mas ele se revela a nós na Bíblia Sagrada, o pródigo estava longe de sua casa, longe de seu pai, porém seu pai estava bem presente em seu intimo. Ainda que estejamos distantes do nosso Eterno Pai, não é Ele que se afasta de nós e sim nós que nos afastamos dEle. Deus mora e vive com você, por isso não é necessário procurá-lo em algum lugar misterioso, ou inatingível, ou em rituais estranhos. Isso foi o que impulsionou o filho pródigo, ele pensava que seria aceito apenas como escravo, porém foi surpreendido com tão grande prática de amor do seu pai. Deus está no coração daqueles que crêem em Cristo, e você pode falar com ele diariamente através da oração, pois ele nunca deixa de dar uma resposta, nunca deixa de te receber como filho e ainda faz festa para comemorar o seu regresso.
É tempo do Caminho (Jesus) ser caminho em nós e por nós. Não podemos levantar a bandeira da religião que acaba sempre trazendo separação. O mais velho não quis participar da festa e ainda se irou com a comemoração. Às vezes somos consumidos por ira e não nos alegramos com a vitória do nosso amigo e irmão, queremos nos isolar dos que se alegram para não desfrutarmos dela.
Precisamos ter sempre acesa em nós a fogueira do amor para que possamos aquecer outros com o amor que vem de Deus que está em nós e não ser egoísta ou nos isolarmos para não nos alegramos com o nosso irmão. A graça do nosso pai foi manifesta, revelada em nós e deve ser revelada através de nós. “Ainda que permaneçamos infiéis ele permanece fiel” por mais que façamos bondades e nos esforcemos para ser bons, em nossa natureza somos pecadores, imperfeitos que estamos em constante tratamento de amor pelo nosso pai.
Nele que é o Caminho e que nos chama para desfrutarmos do seu amor e demonstrarmos esse amor.
Daniel Lima

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O cala boca da religião


“Porque a verdadeira culpa é, essencialmente, você não ousar ser você mesmo. 
É o medo do julgamento dos outros que nos impede de sermos nós mesmos, de nos mostrarmos tal como somos, de manifestarmos nossos gostos, desejos e convicções, de nos desenvolvermos, de nos expandirmos segundo a nossa própria natureza, livremente.” (Paul Tournier
)
O filho pródigo não sentiu impedimento de voltar para a casa do seu pai, todavia com certeza iria encontrar certas resistências não da parte de seu pai, mas de outros e como vemos no texto bíblico seu irmão mais velho se opôs a ele. Em nossos dias não é bem diferente, às vezes quando alguém erra automaticamente os membros de igrejas acabam se opondo. Muitas vezes só o fato de pensar diferente ou gostar de coisas diferentes ainda que seja para levar o nome de Cristo acabam se opondo como o filho mais velho na parábola do filho pródigo.
Essas pessoas nos impedem até mesmo de crescer em Cristo, às vezes nem aprendemos o Evangelho de Cristo e sim os dogmas da determinada igreja. Algo interessante a ser tratado neste é que o irmão mais velho reclama ao pai o fato de não ter feito festa alguma para se divertir com seus amigos, o que seria isso? Inveja. É muito comum disciplinar pessoas por motivos que a igreja (instituição) selecionou como grave, porém nos esquecemos do fato que invejar também acaba sendo pecado. É muito fácil excluir alguém na igreja por motivos expostos: Adultério, prostituição... Por que não excluir então por inveja, fofoca, não fazer o bem... A instituição as vezes age como o irmão mais velho do pródigo pensando só nele, enquanto seu pai tinha os dois como filho tanto o invejoso, como o que fez ato de rebeldia.
Perceba que o pródigo reconhece seu erro e volta para a casa de seu pai, porém o mais velho não se arrepende de sua inveja. O pai sabe como lidar com todos, sabe como corrigir e quando nos corrige nos corrige em amor. Se essa situação do pródigo fosse hoje a instituição agiria do mesmo modo que o irmão mais velho sem querer participar da festa.
Tem uma música do Raul Seixas que diz: "Prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião sobre tudo..."Precisamos aceitar que somos uma constante mudança para consertar o nosso eu, nos esvaziarmos de nossa opinião sobre o outro, o preconceito.Amar o outro sem criticá-lo e sem esperar nada em troca é nosso desafio, amar como Cristo é o nosso alvo.Cristo liberta, a religião escraviza, Cristo nos ama, a religião é tirana, Cristo nos uni, a religião nos separa, olhemos, portanto para Cristo e continuar sendo a constante mudança, porém nele, por ele e para ele. Em Cristo seremos uma metamorfose crescente de amor. Religião nos amordaça, Cristo não quer que nos comuniquemos como anunciemos a boa notícia do Evangelho que transforma. Anunciemos o Evangelho de forma prática e simples.
         Reconheçamos que temos erros, pecamos a todo instante, mas mesmo assim o Pai corre ao nosso encontro e nos beija, o Pai “não chama os capacitados, mas capacita os escolhidos” e Ele promete sempre nos dar forças (Salmo 119:28). Alegremo-nos e regozijemos nEle. Vivamos para o Senhor não como adeptos de uma religião, mas como seus filhos, não como escravos do pecado, mas como servos amados do nosso Senhor.


Nele que não deixou religião, nos ama e nos uni.
Daniel Lima

Assista o vídeo abaixo.

3559 
   

Aceitar ser Aceito

Paul Tillich em sua famosa obra The shaking of the foundations disse: 
 “A graça nos atinge quando estamos em grande dor e desassossego. Ela nos atinge quando andamos pelo vale sombrio da falta de significado e de uma vida vazia... Ela nos atinge quando, ano após ano, a perfeição há muito esperada não aparece, quando as velhas compulsões reinam dentro de nós da mesma forma que têm feito há décadas, quando o desespero destrói toda alegria e coragem. Algumas vezes naquele momento uma onda de luz penetra nossas trevas, e é como se uma voz dissesse: 
'Você é aceito. Você é aceito, aceito pelo que é maior do que você, o nome do qual você não conhece. Não pergunte pelo nome agora; talvez você descubra mais tarde. Não tente fazer coisa alguma agora; talvez mais tarde você faça bastante. Não busque nada, não realize nada, não planeje nada. Simplesmente aceite o fato de que você é aceito'.
Se isso acontece conosco, experimentamos a graça". 
(Paul TILLICH. The shaking of the foundations. Nova York: Scribner's, 1948, p. 161,2.)
O grande problema quando se está no erro é aceitar que somos aceitos por Deus independente da situação pecaminosa que nos encontramos.
Mas ele me disse: "Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim (2 Co 12:9). Qualquer que seja o meu erro eu não posso baixar a minha cabeça diante de Cristo, triste como se o amor dele estivesse limitado ao meu erro. Jesus não veio para o super crente, Ele veio para o fraco, para o vacilante, para o que reconhece que é pecador, mas mesmo assim prossegue na caminhada da fé. Ao levantarmos nossa cabeça diante de Cristo ficamos surpresos com o fato de mesmo vacilantes somos aceitos por Ele, ficamos surpresos com a compreensão, amor e compaixão de Deus para conosco. O amor do nosso Pai é maior do que nós, é maior do que nossos erros, porém não nos dá liberdade de sempre cometermos o mesmo erro.
         O filho pródigo no evangelho de Lucas 15:18 disse: “Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti” [Nova Versão Internacional]. Ele reconheceu seu erro, decidiu voltar para a casa do pai, ou seja não se aproveitou da bondade do pai ao ponto de que queria ser recebido pelo menos como escravo (empregado), na mente dele era inconcebível o fato de ter feito tal coisa e o pai mesmo assim o aceitar de volta como filho amado, o caçulinha querido. O pródigo quando pediu sua herança em outras palavras ele estava pedindo que o pai morresse, pois só na morte do pai haveria herança para desfrutar.
         A graça do Senhor é como uma esmola dada a um mendigo. Ele precisa daquilo e alguém vem e dar, muitas vezes até sem merecer, mas a esmola é dada. A graça do Senhor vai além do que pensamos e limitamos. Só quem não tem orgulho em si aceita a esmola da graça que é admirável, já que não merecíamos e mesmo assim nos foi dado.
         Está errando ou vacilante? Ótimo, Levante-se vá para o caminho de volta para a casa do pai, aceite em seu ser que o Pai o aceitará sempre de braços abertos. Ainda que o marido aponte os erros da esposa, ou vice-versa, ainda que os filhos falem dos erros dos pais e outras situações. Deus não aponta nossos erros como crítica constante para nos deixar ainda mais triste, Ele simplesmente nos corrige mostrando-nos amor e fala pra todo mundo “alegremo-nos porque este estava morto e reviveu...” Viva no Senhor e para o Senhor, Ele nos ama como somos, nos compreende e aceita-nos com nossas fraquezas nos aprimorando a cada dia através do seu Evangelho. Enfim aceite ser aceito por este amor inexplicável do nosso Eterno Pai.

Nele que nos aceita como somos.
Daniel Lima

terça-feira, 26 de julho de 2011

O rebelde escondido em nós

Sempre queremos ser o bonzinho, ou o mocinho da história, até mesmo se errarmos ainda queremos assim ser bem compreendidos, perdoados e reintegrados ao grupo. Agora se alguém erra, somos os primeiros a preparar a forca, ou trazê-lo a praça para uma sessão de apedrejamento como se aquela pessoa não pudesse se erguer, arrepender-se e mudar de vida. Em contra partida acreditamos em transformação, porém sem dar espaço para o outro mudar ou demonstrar sua mudança. Somos egoístas, mesquinhos, amantes de nós mesmos. O outro não existe em nós, pois o que predomina em nós é o “EU”.
Nesta maravilhosa parábola do filho pródigo cheia de ricas lições, vemos que o filho mais novo era totalmente irresponsável, pegou todo dinheiro que tinha desperdiçou com prostitutas e com o que a Bíblia chama de “vida rebelde”, porém a Bíblia não nos diz tudo que ele fez. Finalmente ele acabou quebrado e sem lugar para ir, a não ser o seu lar junto ao seu pai. Finalmente quando ele chega em casa já exausto  da vida rebelde e não tinha mais soberba reconheceu seu erro o pai o perdoou e celebrou grande festa. Todavia o irmão mais velho não gostou muito da idéia de se alegrar com o seu irmão mais novo que agora voltara para casa vivo, reconhecendo seu erro e disposto até mesmo a ser escravo do seu pai e com isso nos mostra o rebelde que estava escondido dentro dele o egoísmo.
Observe o versículo 29 do capítulo 15 do evangelho de Lucas: “...o Senhor nunca me deu nem ao menos um cabrito para EU fazer uma festa com os MEUS amigos.” Ele não queria ter uma festa que pudesse se alegrar com seu irmão, seu pai e toda sua família, o mais velho queria era que o pai patrocinasse uma festa que fosse apenas pra ele  e seus amigos, puro egoísmo. Existe muitos assim que não se alegram com a vitória do nosso irmão de igreja, não se alegra com uma conquista profissional até mesmo de uma pessoa não convertida ao Evangelho. Pessoas estas que querem apenas que Deus nosso Eterno e amoroso Pai satisfaça nossos caprichos e vontades.
A rebeldia apresentada pelo filho pródigo teve um arrependimento ele deu-se conta que tinha errado e estragado tudo. Porém ele humilhou-se e voltou para o seu pai. Ser cristão não faz de você alguém perfeito, somos diferentes uns dos outros e até mesmo imperfeitos. A vida é como uma imensa colcha de retalhos onde cada um tem uma cor, tamanho, tipo do tecido, com os mais variados valores e as mais variadas qualidades. Você ainda vai errar e até é melhor que erre do que ser um rebelde escondido em mim mesmo, ainda que você seja a pessoa mais rebelde que você conhece. O mais importante a ser aprendido na vida deste filho pródigo, o rebelde, é o humilde arrependimento diante do pai. Saiba que quando você se arrepende você está entrando no caminho de volta para a casa do pai. Só não encubra seus erros, pois cedo ou tarde esse rebelde escondido em você mesmo se apresentará. Quando alguém errar e reconhecer seu erro alegre-se, não o critique tentando se mostrar mais certo que o outro, seja você mesmo em Cristo e ele será vivo em você e através de você.

Nele que nos faz entrar no Caminho de volta pra casa em arrependimento.
Daniel Lima

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ser ou não Ser?

A famosa frase "Ser ou não ser, eis a questão" (no original em inglês: To be or not to be, that's the question) vem da peça A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare. Encontra-se no Ato III, Cena I e é frequentemente usada como um fundo filosófico profundo. Sem dúvida alguma, é uma das mais famosas frases da literatura mundial. Gostaria que você refletisse neste momento numa palavra pequena, mas com grandes significados, AMOR. Sendo assim modifico a indagação de William Shakespeare para “Ser ou não ser amoroso, ter ou não ter amor?
Algo que realmente marca a parábola do filho pródigo é o amor do pai, um amor incondicional e abundante. Portanto nos vem a reflexão: estamos amando uns aos outros abundantemente ou estamos nos opondo? O outro não o nosso inimigo para nos opormos a ele, o outro é o nosso próximo para que possamos mostrar o amor de Deus que deve estar em nós. Ser amoroso uns com os outros é nosso dever até mesmo com o nosso inimigo, pois se ele é inimigo é porque se fez seu inimigo e não porque você o constituiu seu inimigo. Ter amor é o nosso dever quando alguém cair ajude-o a levantar. Amar vai além de meras palavras religiosas bem articuladas, amar é atitude de alguém que se dispõe a amar sem querer nada em troca. Observemos o filho pródigo ele pediu tudo que era dele, pediu a sua herança sem ao menos seu pai morrer porque queria viver a sua vida distante do pai, muitas pessoas querem viver sua vida distante de Cristo. Porém o filho pródigo é surpreendido por tamanha fome e deseja as alfarrobas que estavam para os porcos e lembra como era bom na casa do meu pai, ao mesmo tempo ele pensa que o fato dele ter entristecido tanto seu pai iria ser um bloqueio para ser aceito novamente como filho, mas o pai o surpreende esperando sempre o retorno do seu amado filho. Não existe nada neste mundo que façamos para o pai nos amar mais, como também não existe nada no mundo que façamos para que ele nos ame menos.


Deus nos ama como somos e mandou seu filho Jesus Cristo não para morrer pelos bons, e sim pelos malfeitores e transgressores. O amor de Deus não é para os supercrentes que se acham certos demais. Não é para religiosos que acham que sua religião ou denominação é a certa. O amor de Deus é para os sobrecarregados, para os vacilantes, para os que admitem que são pecadores. O amor de Deus é para ser compartilhado e praticado. O amor de Deus não é para aqueles que acreditam apenas em Cristo, mas sim para os que vivem em Cristo e para Cristo.
Saiba que quando você sair da casa do pai ele sempre estará aguardando sua volta e quando voltar haverá festa que ele mesmo patrocinará, além de te vestir com a melhor roupa, colocar sandálias e de dar um anel. A melhor roupa representa Cristo, o Filho que morreu na cruz para que a justiça que satisfaz a Deus revista o pecador, com Cristo nossa melhor roupa os trapos de um passado acusador não está mais sobre mim.  As sandálias representam o poder deste amor revelado na salvação de Deus, que separa o filho de Deus da terra suja e promiscua. O anel além de representar uma nova aliança entre o filho que estava morto no pecado e agora é alcançado pelo amor do seu pai, também representa o Espírito Santo como o selo aplicado por Deus. O que chama a atenção é que esses adornos permitia que o filho pródigo estivesse a altura do seu pai rico.
Assim como o pai amou seu filho e o fez sentir esse amor, devemos deixar de falar de amor para viver o amor e em amor uns com os outros. Viver como este pai que não apontou os erros do filho antes o abraçou, o levou para casa, vestiu e fez grande festa. Entendamos que se alguém está vivendo uma vida errada mais do que ninguém essa pessoa precisa ser alvo de demonstração deste amor do nosso Pai Eterno. Como em amor queremos ser perdoados, também em amor perdoemos os erros dos outros. Que em nós esteja sempre um amor abundante pelas vidas, de modo que nos doemos por elas, para que através de nós seja proclamado o Evangelho do Amor e possamos Ser amoroso e ter amor.

Nele que nos envolve com amor abundante e sem fim.
Daniel Lima

A terapia dos Rejeitados

Este será o primeiro de uma séria de postagens sobre manifestar o Evangelho da Graça no princípio do amor e durante uma semana extrairemos lições da parábola do filho pródigo.

Em nossos dias vemos que a igreja caminha num "inclusivismo" como uma espécie de clube dos perfeitos, onde irmãos em Cristo são apenas os da nossa denominação. O amor ao próximo parece ficar apenas no papel. Não querem sair das quatro paredes para anunciar aos outros que estão fora do Caminho (sendo Cristo o Caminho e não a igreja). Perdemos a essência do ir por todo mundo e anunciar as Boas Novas, lutar pela causa do Evangelho de Cristo, ao invés de anunciarmos Cristo o Evangelho de Deus manifesto ao homem, estamos anunciando a nossa denominação.
Até parece que nossa "igreja" está agradando mais a Deus do que a outra, dá até para pensar que existe diversos céus, o céu da igreja “A”, o céu da igreja “B” e por aí segui. Esquecemos que é pela graça que somos salvos (Ef 2:8,9). As igrejas “denominacionais” agem muitas vezes como donas do céu incluindo alguém que obedeça as ordenanças da mesma e excluindo a quem desobedece. Chegando ao cúmulo de até mesmo dizer: “O irmão será excluído por não cumprir a doutrina da igreja”. O que importa cumprir a ordenança da igreja ou do Evangelho de Cristo?
Quando alguém se distancia da igreja como o filho pródigo conforme está  no evangelho segundo Lucas no capitulo 15 e versículos de 11 a 32, acabam crucificando a pessoa, muitos dos que se dizem ser representantes de Deus aqui na terra não agem como Cristo agiria. O interessante é que o evangelho faz questão de nos mostrar os detalhes ao ponto de nos informar que o pai coloca um anel no filho que se distanciou. Ele renova a aliança com o seu filho e não o exclui, ou maltrata-o com algum tipo de preconceito. Hoje se alguém sair da igreja como o filho pródigo e cometer algo similar, prostituir-se, cair realmente na "gandaia”,  a igreja ao invés de trazer de volta para o Caminho age de forma condenatória. Embora fale de amor parece que na prática isso não é tanto como se fala.
Cristo deixa essa terapia no evangelho para aqueles que são rejeitados até mesmo dentro das igrejas por terem uma opinião diferente da maioria ou por discordar de algo. Esse tratamento deixado por Cristo para os rejeitados pela sociedade e até mesmo pela igreja é para ser feito diariamente em nós e através de nós. Para ficar mais claro darei um exemplo bem simples: "Se na igreja uma prostituta confessa a Cristo como Senhor as mulheres daquela igreja recebem aquela agora ex-prostituta como um corpo estranho, como se fosse uma metástase e quer logo tirar, de modo que as mulheres da igreja afastam seus maridos daquela prostituta agora convertida para não perder seus maridos." Como podemos falar de transformação se as vezes aparentamos claramente não acreditar em transformação?  Para isso o Senhor deixou a parábola do filho pródigo como uma terapia aos que estão frustrados com a denominação, para que saibam que ainda que se frustrem com a denominação o Senhor através do seu Evangelho esta pronto para abraçá-los como filhos que retornam para sua casa, não só isto mas, faz uma festa para o filho jovem e inexperiente que saiu, se distanciando do pai, entristeceu seu pai, gastou tudo que tinha com prostituição e outras coisas ao ponto de não ter mais o que comer e numa situação bem degradante passa a comer a bolota dos porcos e lembra-se da casa do pai. O pai não questionou sobre o que seu filho fez com a herança, não o destratou pelo que fez, não o disciplinou, não o puniu, não o condenou, simplesmente vai ao encontro do seu filho abraça-o, beija-o e fez uma festa para comemorar o retorno do seu filho mais novo e o recebe novamente em sua casa, pois ele nunca deixou de ser o seu filho. Porém, o outro filho o mais velho que estava em casa não gostou muito dessa historia de receber bem alguém que gastou tudo, que agiu errado e entristeceu tanto seu pai e foi argumentar para o pai dizendo: "estou aqui a tanto tempo sem nunca te entristecer e nunca nem se quer mataste um cabrito para me alegrar" (v.29). O pai sabiamente responde: "filho tu sempre estas comigo, e todas as minhas coisas são tuas"(v.32).
Precisamos ter a atitude deste pai e deixarmos de ser hipócritas confessando algo e muitas vezes o evangelho vivido não é o Evangelho pregado. Este texto do evangelho de Lucas deve ser uma realidade em nós e através de nós. Necessitamos ser tratados pelo Evangelho de Cristo para não surtarmos como o filho mais velho que foi questionar o pai movido por uma inveja vendo apenas o seu umbigo. Manifestemos portanto a graça de Deus no nosso dia a dia para que possamos exalar o bom perfume de Cristo por onde passarmos e venhamos a incluir novamente a família nosso irmão imaturo que se distanciou  da casa do pai com muita festa, alegria e amor.

Nele que nos ama incondicionalmente.
Daniel Lima


Seguidores

O Mundo Todo Online

Nº de Visitas