Quem não tem colírio usa óculos escuro...

Acredito que alguma vez você já ouviu esta música do Raul Seixas de algum modo. Hoje estava respondendo uns e-mails, enviando outros e recordei-me da palavra que disse ontem em um circulo de oração sobre o amor. Logo, me veio a mente esta música e fui ouví-la, então uma parte me chamou a atenção e diz o seguinte: “...Quem  não tem colírio usa óculos escuros; Quem não tem filé come pão e osso duro; Quem não tem visão bate a cara contra o muro...”. Realmente é isso que acontece com muitos de nós. Falamos que amamos, mas apenas falamos, colocamos um óculos escuro  para nos escondermos, ou para mascarar onde na verdade precisamos do colírio de Cristo para enxergamos o quanto somos hipócritas. Damos apenas o que temos não temos filé e comemos o pão seco da amargura e da solidão, comemos o osso duro da tristeza e da dor, porque amar não são apenas palavras é uma prática e quando não temos essa visão batemos a cara no muro que é o próprio Cristo que nos amou e nos ama como somos. Quem não sabe amar a sí não consegue amar os outros, quem é egoísta quer que os outros o ame como é. Achamos que merecemos amor, mas precisamos amar primeiro, pois o amor que não merrecíamos ter Cristo nos deu.

Na 1ª carta de João capítulo 3 e versículos de 16 à 20 diz:

“Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?
Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade.
E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações;
Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas.”
(1 João 3:16-20 - NVI)

As três cartas de João nos dão uma orientação maravilhosa e bem clara sobre o amor de Deus. Neste texto mencionado vemos que Cristo nos amou e do mesmo modo devemos amar os outros. Entretanto, somo tão egoístas que queremos apenas ser amados. Todavia, a prova de que entendemos e experimentamos o amor que Cristo nos deu sacrificando a sua vida por nós é quando também sacrificamos a nossa vida por nossos irmãos, não apenas por nós mesmos. Quando me refiro a irmãos, refiro-me a seguidores de Cristo e não participantes de igrejas evangélicas que foram batizados e seus nomes estão no rol de membros da igreja. Acho muito interessante a pergunta que é feita deste texto: “Se você vê um irmão em necessidade e tem recursos para ajudá-lo, mas vira as costas e não faz nada, o que acontece com o amor de Deus (que era para ser manifesto através de você também)? Desaparece. E é você que faz esse amor desaparecer. Não vamos apenas falar de amor, vamos praticar o amor verdeiro, pois este é o único modo de saber se estamos vivendo a realidade de Deus e também é um bom caminho para acabarmos com as autocríticas.

Não coloquemos o óculos escuro do autoengano, mas coloquemos o colírio da água da Vida, comamos do Pão da Vida e compartilhemos com outros no dia a dia e que sejamos constrangidos sempre diante deste muro de amor que sempre estará diante de nós. Nós podemos desfrutar o amor, porque primeiro fomos amados por Ele, por isso podemos amar uns aos outros como Ele nos amou, sabendo das nossas falhas, imperfeições, sabendo que muitos são adúlteros, mentirosos, roubadores, etc. Mesmo assim nos amou, nos ama e nos amará, essa é a verdade que aquece nossos corações Ele nos amou primeiro. Então ame a Deus, mas também ame seu irmão, aquele amigo que você não suporta nem ver, ou ainda, aquela pessoa que você trabalha e a critica. Cristo nos convidou a amar até mesmos nossos inimigos, porque se ele é nosso inimigo não é porque o tornamos e sim porque ele se constituiu nosso inimigo. Olhe para o próximo como Deus te olha, com amor e misericórdia. Portanto, viva para amar, ame para viver!

Nele que tirou e tira diariamente nossos óculos escuros de hipocrisia, põe o colírio e nos faz enxergar a verdade de que Ele nos amou e com isto devemos amar!

Graça, paz e bem!

Daniel Lima

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Que assim seja nosso caminhar!